Eu confesso que tentei e tentei muito descobrir todas estas respostas. Eu li bastante, consultei alguns betas readers e lhe digo: eu ainda não sei. Meu trabalho é cego perante meus próprios olhos e visível para quem o lê.
Na vida, conheci algumas pessoas que omitem seu lado escritor, por vergonha. Por medo do que a(s) outra(s) pessoa(as) pensará(ão). Escrita é uma coisa pessoal, assim como um sentimento. Eu sei lá se o que estou liberando fará alguém rir de mim ou até mesmo ficar encantado. Só sei que eu não tenho medo de realizar sonhos. A vida é só uma, e na minha, eu amo e coleciono pensamentos e sentimentos. Ideias e mais ideias.
Eu não ligo para o que pensarão, eu ligo se entrarem em São Roque junto de André e Henri e sentirem tudo o que a história tem a transmitir. Eu investi três anos da minha vida neste primeiro livro. Eu o reescrevi dezenas de vezes. Esse esforço todo só prova o quanto quis entregar o melhor modelo da minha ideia ao mundo e seus leitores. Fico feliz se ao menos umas 100 pessoas o lerem nos próximos anos.
Sou um escritor amador. E falo isso de cara pois eu errei centenas de vezes no processo. Chego a pensar que se uma editora receber e ler, jogaria na lixeira. Isso em termos de escrita e afins. Relativo a ideia, eu sou muito confiante. Criei os acontecimentos da trama quando estava em diversas situações do meu dia-a-dia, tipo quando me deitava para dormir ou até mesmo soltando uma cagada. Levantava na hora e anotava a ideia.
Esse livro, teve uma ideia base, claro. Mas acredite, o que criou o ambiente, os personagens, os capítulos, foram simplesmente musicas. Por exemplo Don't Say Nothing do The Heavy. Eu credito essa música por praticamente me dar o campo necessário para imaginar TUDO enquanto escutava. Não é minha favorita, nem nada. Mas ela me inspirou. Good Clean Fun do Kaiser Chiefs simplesmente criou um filme mental pensando em todos os personagens da trama.
Falando em quantidade agora, o enredo trás vários personagens, uns canônicos, outros não.
Vários lugares e coisas que pensei antes de começar foram anotados no papel e distribuídos da maneira mais correta possível pela trama. Criava o Clube dos Detetives, a Radio Saturn, os ataques, os argumentos e pensava " onde vou colocar isso? ", "Será que está tumultuado?". Os anos me responderam isso, e consegui enumerar e dar sentido paras as 101 coisas. Sinto que é a obra da minha vida em 20 anos de vida. MAS, eu aprendo e me supero a cada ano. Em três anos relerei Os Jornalistas e com certeza aquela vergonha interna vai bater. "po, eu escrevi isso e divulguei para todo mundo ler? Nossa, que vergonha".
Mas que se dane! Em toda arte é necessário se arriscar e não é diferente aqui na literatura. Vá logo ler meu livro, anda.
Obrigado :)